domingo, fevereiro 25, 2007

Pensamentos de uma fêmea no cio:

Me é comum apostar as fichas em apenas um número. Isso me coloca no jogo, mas me tira da capacidade de boa jogadora. Não sei jogar.
Mas volta e meia, chovem baralhos. Alguns marcados, alguns velhos, alguns já usados demais. Fichas na mesa, quanto passa a ser alto de apostar? E por que apenas um número, se o jogo é aberto?
Não gosto de limites em apostas, mas sigo um limite pessoal. Acho que dá a impressão de liberdade, por mais que eu tenha esse auto-controle do qual não me despeço.
E quando um número está decidido, posso perder, mas não abro mão de que seja esse. As vezes se ganha, as vezes se perde. Mas ampliar as possibilidades de ganho me parece irreal. Eu diria até incongruente a minha forma de ver o jogo.
Me frustra a falta de regras internas. Talvez o Cassino devesse fechar pra balanço, e determinar como funciona cada tipo de jogo. Não sei ao certo... mas o ideal não é simplificar _ até porque o bom do jogo é o risco! Creio que o ideal é não roubar! Jogo roubado é falta de integridade, e hoje as pessoas não aceitam mais perder ou arriscar sem a certeza.
Não sei...

Mas se tudo fosse tão certo, Las Vegas não teria um bairro de prostituição ao lado dos cassinos...

sábado, fevereiro 24, 2007

E mais um mês se findando, mais reboliços se aperfeiçoando, mais mundo girando e mais tédio pegando.

Sei que vou parecer redundante, mas odeio essas novas gerações e o caminho pelo qual está levando Porto Alegre.
Não sei se é aquele velho esquema de idealizar o passado e alterá-lo para parecer tão melhor, ou se é a velha coisa de lembrar como via outras épocas da vida (que, sem nenhuma responsabilidade, padrão, coerencia ou noção, tudo parece melhor sempre!).

O Alan reclama que eu gasto demais. Que quando saio, eu gasto demais. Que quando bebo, gasto demais. Que quando compro... bem, eu gasto demais!

Agora vendo, vejo a possibilidade das coisas serem assim é a questão de sair dos limites que hoje, mulher feita (ou faz de conta que), vivida e quase séria, acabei por colocar-me numa caixa (de acrílico, ultra fashion, mas uma caixa) de vida. A tão temida rotina que não se estabiliza, e que só quando a teoria de virar uma mulher se concretizar que ela vai se acentar.
Muitos me acham sem limites, incoerente, incongruente... não, nada disso. Na verdade, sou extremamente calculista, mas meio extravasada desde sempre. Sempre fui boa em matemática, mas a minha visão nunca foi pelo óbvio, então, nesse caso, para muitas pessoas, sim, 2+2=5 se tratando de Kika.

Não sei se é Porto Alegre. Não sei se é a idade. Não sei se é a internet. Mas hoje as pessoas estão mais sozinhas, e só confiam em pessoas que são apresentadas_ mesmo que por pessoas chatas, mentirosas ou problemáticas. Isso, pra mim, chega a ser uma auto-sabotagem, pois outrora houve o teste, e as pessoas ficavam amigas por ambas quererem chicletes, ou ambas estarem sozinhas em um show, ou ambas terem se visto tanto que um dia se deram oi e a amizade fluiu! Eu ainda tenho amigos que conheci assim.

Talvez seja esse o bonito do passado: lembrar-se dele envolto em flores. Muitos sabem que tenho um passado tumultuado, que me manteve medos até pouco tempo atrás, mas ele agora me trás apenas flores de memória. Mesmo rico em sordidez, riscos (sim, eu ainda não sei como sobrevivi a minha adolescência) e decisões intomadas, aquele tempo era bem melhor que o atual.

Mas não sei ao certo... aqui fala Kika ou seu Complexo de Peter Pan???

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

O tempo passa...

Mal pensei isso e o ano já entrava...
Mal notei a entrada de ano, já acaba-se o primeiro mês.

E o tempo passa...


Sabe? Talvez eu devesse mudar. Mas não consigo. Essa maldita incapacidade de mudar as coisas as quais me orgulho ainda há de me matar.

Talvez me orgulhar de um ponto de vista existencial seja uma virtude... ou uma falha (daquelas fatais).

Ainda acho que amizade se mede por detalhes, não por coisas significativas... afinal, se alguém te desdenha em coisas insignificantes, por que não te desdenharia por coisas significativas?
Estimular situações de "beco" é desnecessário, e agir não é tão agressivo quanto criar a situação. Pintar o cabelo é desnecessário quando um amigo passa fome. Tentar se mostrar superior_ nem entrando nos méritos de ser ou não ser_ se vulgarizando para provar que tem quem ou o que quer... desnecessário.

Também acho que aí entra o libertarismo... excluir aquilo que não te faz bem, e ignorar todo e qualquer padrão que seja imposto por outros, que não tu mesmo... sim, eu acredito na sociedade alternativa.

Bem... a quantidade de "talvez" que eu posso encontrar em qualquer espaço da minha mente mostra duas coisas:

1) dúvidas, inseguranças, incertezas... receios em geral. Um caos.
2) dúvidas, inseguranças, incertezas... receios em geral, que, caso não existissem, eu me banalizaria em uma seqüência besta, sem objetivos ou metas.

E isso eu posso dizer: Existem objetivos, e esboços de caminhos. O lápis é ralo, a borracha borra, mas o croqui tá ali!

E, aos que amo, é isso que desejo: assumam as lapiseiras da vida, e esbocem um futuro brilhante em 2007, pois todos que têm virtudes são capazes de estruturar uma linda pintura.